quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DORMINDO COM O INIMIGO



Cláudio era um jovem atleta de sucesso, apesar da pouca idade já tinha bastante dinheiro para usufruir, além de muita energia e ousadia. Certa ocasião, após uma competição em outra cidade ele estava louco por uma boa diversão, foi pra uma festa e acabou conhecendo uma bela garota. Seus olhos eram claros, ela era bonita e atraente, bastante saudável. Eles se beijaram e ficaram por horas, e mesmo ela sendo um pouco 'devagar' no ponto de vista dele, ele a chamou pra conhecer o hotel em que ele estava hospedado. Ela hesitou bastante, mas acabou caindo na conversa dele. E foi.

Logo que entraram e fecharam a porta uma paixão lasciva tomou conta dos dois, paixão de uma noite só -é verdade- mas de uma noite bastante longa. Regaram-se de vinho, a fumaça tomou conta do quarto, como uma névoa... Só conseguiam enxergar os próprios corpos, entrelaçados, unidos prazerosamente num só, não se desprendiam um só minuto.

Ele estava repleto de desejo por aquela loira linda, queria possuí-la da forma mais prazerosa que pudesse, ela relutou um pouco, não sei se de charme ou se falava sério. Cláudio tanto insistiu que acabou convencendo-a em fazer sexo sem preservativo, ela havia dito que tomava pílula e que de acordo com a tabelinha não estava no período fértil. Mesmo assim ela hesitou às investidas de Cláudio. Ele nem estava preocupado com uma gravidez, visto que no dia seguinte iria embora daquela cidade e nunca mais veria aquela garota novamente.

'Você toma a pílula do dia seguinte', ele disse, na sua última investida. No fim das contas ele tanto fez que ela acabou cedendo. Ele estava certo de que depois daquele dia nunca mais a encontraria e que por isso ela jamais teria qualquer importância na sua vida, ENGANOU-SE. Seguiram o encontro casual até o raiar do dia. Pela manhã o clima esfriou e eles dormiram, enfim. Quando se acordou Cláudio não a viu ao seu lado na cama, procurou as roupa e os sapatos dela e não encontrou. Verificou logo seus pertences de valor, passou pela sua cabeça que teria sofrido um assalto ou golpe, mas encontrou tudo no seu devido lugar, o golpe havia sido bem maior do que ele poderia imaginar. Foi até o banheiro na esperança de que ela estivesse lá, mas não estava mais, havia ido embora sem se despedir, mas fez questão de deixar no espelho uma mensagem escrita com batom:
"Dançou, pegou HIV, e você que pediu."

Cláudio estava arrependido, com muito medo, sabia que existia a chance de não ter contraído o vírus, mas ainda assim a sombra de dúvida o deixou estremamente inquieto e deprimido. Se achou um tolo, por julgar a saúde de uma garota apenas pela sua beleza. Ele não sabia que doença não reconhece idade, sexo ou beleza, ela ataca qualquer um, sobretudo os descuidados. E o pior de tudo, que mais lhe causava angústia, ELE que insistiu em fazer daquela forma, ela estava com a razão, de certa forma ELE que pediu pra pegar a doença.

É preciso cuidado, o vírus está solto, contamina não só homossexuais, como se dizia no início da doença, mas também heterossexuais; hoje em dia, com a invenção do viagra, cada vez mais idosos tem contraído o vírus; e com a iniciação sexual cada vez mais cedo muitos adolescentes já tem o HIV em seu organismo. Hoje em dia não se fala mais em grupo de risco, mas em conduta de risco; hoje não se reconhece mais a cara dos portadores, mas é possível predizer sua conduta.


FONTE:SITE"MENTE HIPERATIVA"

Nenhum comentário:

Postar um comentário